terça-feira, 4 de fevereiro de 2014


No mundo em que vivemos, dominado pela informação difundida nos mais diversos suportes e linguagens, torna-se cada vez mais necessário desenvolver nos alunos competências de literacia visual que lhes permita estabelecer uma relação crítica com as imagens que são veiculadas através dos diferentes mass media.
 

 
A linguagem audiovisual pela proximidade que apresenta com a linguagem do quotidiano oferece grande potencial comunicativo e, por isso, deve ser integrada na sala de aula como recurso pedagógico auxiliar do professor, uma vez que este tipo de linguagem, e de acordo com o ponto de vista defendido por Moreira (2012),

permite uma aproximação eficaz à realidade, tornando próximo e familiar o que parecia distante e incompreensível, clarificando conceitos, estabelecendo pontes com o mundo exterior, encerra em si própria importantes capacidades motivacionais, tanto mais que os estudantes são suscetíveis à comunicação pela imagem”.

O vídeo enquanto recurso educativo oferece múltiplas possibilidades de exploração pedagógica, servindo diferentes finalidades, em função dos objetivos pedagógicos a alcançar previamente formulados pelo professor. Os vídeos didáticos não narrativos (vídeos científicos, técnicos e documentários) têm como principal função instruir, através do registo da realidade, caracterizam-se pela autenticidade da informação veiculada, enquanto os vídeos narrativos ficcionais apesar de não terem sido concebidos com essa intenção /função, podem revelar-se apropriados para a abordagem de determinado conteúdo.
 
 

Analisar um filme implica duas etapas importantes:

1)      A desconstrução - decomposição ou descrição plástica dos planos;
2)      A interpretação - estabelecimento e compreensão das relações entre os elementos decompostos.

 

Tipologia de análise fílmica

a)      Análise textual – tipo de análise decorrente do estruturalismo linguístico dos anos 60/70, segundo o qual o filme é considerado como um texto, decomposto em segmentos (unidades dramáticas), deixando de lado toda a riqueza visual.

b)      Análise de conteúdo - considera o filme como um relato, tendo em conta apenas o tema.

c)       Análise poética – este tipo de análise entende o filme como criação de efeitos, que pressupõe a seguinte metodologia: identificar as sensações, emoções sentidas durante o seu visionamento e dar conta do modo como esse efeito foi construído.

d)      Análise da imagem e som – entende o filme como um meio de expressão, a partir do qual se encontra o modo como o realizador concebe o cinema e como a 7ª arte permite pensar e lançar novos olhares sobre o mundo.

Cada tipo de análise requer a sua própria metodologia, no entanto optar por apenas uma das abordagens possíveis, pode deixar a sensação de que muito ficou por dizer.

 

Referências bibliográficas:
Moreira, J. A. (2012). (Re)Pensar o Ensino com objetos de aprendizagem audiovisuais em ambientes presenciais e online. In J. A. Moreira e A. Monteiro (orgs.), Ensinar e aprender online com tecnologias digitais (pp. 77-87). Porto: Porto Editora
Penafria, M. (2009). Análise de filmes – conceitos e metodologia(s), VI Congresso SOPCOM, abril de 2009. Acedido em http://www.bocc.ubi.pt/pag/bocc-penafria-analise.pdf
 
 
 
 
 

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